As declarações de Jorge Santos, Presidente da Assembleia Nacional e segunda figura na hierarquia do Estado, após uma audiência com o Senhor Presidente da República - não se sabe se o assunto foi ou não discutido com Jorge Carlos Fonseca, Presidente em exercício da CPLP -, a propósito da mais recente crise na Guiné Bissau, deixaram o país estupefacto, porque vieram lançar confusão, para dizer o mínimo, sobre o posicionamento de Cabo Verde.
Faustino Imbali, primeiro-ministro da Guiné-Bissau indigitado por José Mário Vaz sob forte contestação da comunidade internacional, terá emitido esta quinta-feira um comunicado a repudiar as declarações proferidas ontem pelo ministro cabo-verdiano dos Negócios Estrangeiros, Luis Filipe Tavares, de que Cabo Verde reconhece como sendo primeiro-ministro da Guiné, Aristides Gomes.
O Governo cabo-verdiano “alinha perfeitamente com a comunidade internacional”, designadamente a CPLP, a CEDEAO e o Conselho de Segurança das Nações Unidas e reconhece o executivo de Aristides Gomes como o legítimo da Guiné-Bissau. A posição de Cabo Verde foi manifestada esta manhã à imprensa pelo ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE), que é também tutela da Defesa, Luís Filipe Tavares, após o desfile militar, realizado na Avenida Amílcar Cabral, no Platô, para comemorar o Dia da Defesa Nacional, que se celebra hoje, 6 de Novembro.
O ex-Presidente cabo-verdiano Pedro Pires considerou esta terça-feira, 5 de novembro, que a Guiné-Bissau ainda paga o “custo da luta armada que fez”, na influência política nas Forças Armadas e lamentou que “as melhores lideranças” não tenham podido chegar ao poder.
O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, demitiu esta segunda-feira, 28 de outubro, o Governo liderado pelo primeiro-ministro, Aristides Gomes (foto), segundo um decreto presidencial enviado à imprensa na sequência de uma reunião do Conselho de Estado.
Comemora-se hoje o dia dos Heróis Nacionais. Ontem, durante uma atividade com crianças, perguntavam-nas sobre quem eram os nossos heróis. Primeiro nome, claro, Amílcar Cabral, em muitas bocas o único pronunciado. Umas poucas apontaram Pedro Pires, Jaime Mota e ouvi até Eugénio Tavares, com a argumentação de que um herói é-o de diversas formas. Como disse alguém, há os que pegaram em armas e combaterem o inimigo, libertando-nos do colonialista e tornando Cabo Verde numa Nação Independente; há os que não pegaram em armas, mas fizeram o combate de outras formas; e há...